As fraturas da Zona III, acontecem numa região de pior qualidade vascular, e estão associadas a atividades de impacto com sobrecarga crônica na região afetada. Normalmente os pacientes apresentam sintomas prodrômicos (prévios a fratura), que sugerem essa associação. Por estar relacionada a sobrecarga, esse tipo de fratura é mais comum em jovens, praticantes de atividades esportivas de impacto, em especial corridas de longa distância e o futebol, mas outras atividades também estão implicadas na gênese dessa lesão.
Importante ressaltar que muitas vezes, devido a demanda desse paciente, o tratamento conservador, sem cirurgia, pode falhar nesses casos, podendo estar indicado o tratamento cirúrgico, de forma individualizada, a depender da necessidade de paciente, de forma a aumentar as chances de consolidação óssea e retorno precoce às atividades esportivas.
A opção normalmente utilizada nesses casos é a fixação intramedular com parafusos (figura a baixo à esquerda), associado a adjuvantes para estimular a consolidação óssea. O retorno às atividades deve ser precedido de cuidados com fortalecimentos e treinamentos específicos, visando melhorar a aderência do pé ao solo, de forma a diminuir a sobrecarga lateral (figura a baixo à direita, demonstrando que o apoio lateral do pé provoca sobrecarga nesta região).